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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um trago.

   Comecei a frequentar aquele café em meados de 2010. Era um lugar agradável com uns belos lanches e o melhor café dos arredores da universidade, além do que, tinha ótimos livros à venda. Passava por lá pelo menos umas duas vezes por semana, havia virado cliente.
Um dia, a tarde havia acabado de começar, eu fui no balcão fazer meu pedido e conversei com Thais, uma das donas do lugar, tinha um lindo par de alargadores e um cabelo curto penteado de modo desleixado que juntos me davam 2 conclusões, a primeira, ela era linda e a segunda, era lésbica. Pedi um café expresso médio e um pedaço de pizza, fui sentar numa das mesas, o lugar tinha umas cadeiras acolchoadas extremamente confortáveis e do lugar em que estava podia-se ver uma prateleira com uns livros do Bukowski e outros de Graciliano Ramos.
   Meu pedido chega e quem o traz é uma nova e interessante garçonete. Ela era magra, muito magra, usava pequenos alargadores em contrabalanço com os seios fartos, alguns poderiam ver nela uma miss que acabou conhecendo crack, tinha a pele bem branca, usava um all-star branco e era mestiça, tinha um pouco de asiática pra dar um tom de mistério enquanto mostrava sua parte brasileira no modo de andar, não que ela rebolasse, mas que quando ela caminhava suas curvas ganhavam um ar mais belo isso era. Tinha um longo cabelo com franja e usava óculos, mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de ter várias queimaduras que pareciam ser de cigarros espalhadas pelo braço, e junto delas o que pareciam ser alguns hematomas. Reparei bem no seu braço enquanto ela anotava na minha ficha o pedido, vi além das marcas, um anel vagabundo, na verdade acho que era uma aliança, parecia barata, com um pequeno diamante na ponta, que por sinal parecia bastante ser falso.
   Pensei de começo do mesmo modo que sempre penso, primeiro deduzi que ela tem um marido que bate nela, depois que não era assunto meu e não deveria me meter nisso. Não dei muita importância a ela naquele momento, porém, naquela noite ao dormir, aconteceu a pior coisa que pode acontecer pra mim em relação a uma mulher, sonhei com ela, pra mim sonhar com uma mulher é criar uma relação, mesmo que fantasiosa. No meu sonho eu via um homem que era um qualquer sem face batendo nela e queimando-a, e enquanto isso eu tomava uma dose de uísque assistindo a cena e aparentando gostar. Fiquei a pensar na moça por dias, continuei indo até o café e comecei a puxar alguns assuntos com a moça que continuava a andar sempre com hematomas e queimaduras pelo corpo, hora pedia um livro, hora pedia ajuda pra escolher a comida, fazia o que dava pra ela se sentir confortável comigo, até perguntei o nome dela de forma desbaratinada, era Marina, achei lindo.
   Os dias foram correndo e meus sonhos (pesadelos na verdade) iam continuando, várias ações e locais diferentes mais eu sempre via ela sofrendo em meus sonhos e não agia, na verdade, sempre aparecia gostando. Eu ia até aquele café e me sentia mal de olhar para aquela linda moça sabendo que ela sofria de violência doméstica e não fazia nada. Um dia não aguentei mais, quando ela trouxe meu café com creme e minha torta de frango com palmito segurei seus braços marcados pelo ódio de um desgraçado, segurei-os com calma, depois passei para as suas mãos e olhei em seus olhos.
    -Me fala, quem fez isso com você, eu vejo isso há semanas e não aguento mais! Me mostra onde está o maldito que vive fazendo essas maldades com você.
   A moça escuta minhas palavras como se já conhecesse toda a conversa, soltou minha mão, olhou de maneira séria para mim durante um tempo.
   - Vários já me falaram isso e a única coisa que queriam mesmo era me levar pra cama, você não deve ser diferente. Não existem mais boas pessoas no mundo!
   - Não é assim, até te acho bonita, mais como homem não consigo ver que você apanha e não fazer nada pra parar esse filho da puta!
   - Bem, se você realmente quer fazer algo, como diz, senhor herói, me encontre na esquina às 7, é a hora que eu saio.
   Concordei com ela e assim que terminei minha torta, retirei-me do café deixando-a avisada de que a esperaria, fiquei a tarde toda pensando em como ia ser resolver essa situação e então salvar a moça do maldito marido, pelo menos era o que eu achava.
Como prometi, fui até a esquina quando eram quase sete horas da noite e fiquei a esperar, nesse meio tempo fumei vários cigarros, muitos mais do que estou acostumado. Joguei a bituca no chão e vi ela vindo em minha direção, Marina, a linda mestiça com problemas familiares. Ela estava diferente de todas as vezes que eu a vi, óbvio, estava sem o uniforme do café. Mantinha o all-star branco de sempre, mais estava com meias que subiam suas lindas e finas pernas terminando em um pequeno shorts jeans, uma blusa preta apertada salientando seus seios e até maquiagem.A pequena moça sôfrega estava incrivelmente linda. Não teve outro jeito, me apaixonei.
   Ela chega, eu a cumprimento de forma diferente do habitual, dessa vez dei-lhe um beijo no rosto, no seu ambiente de trabalho tinha que ser diferente, mas ali, eu poderia tratá-la como uma pessoa próxima. Entramos no meu carro, ela fala onde fica seu apartamento e após alguns rodeios chegamos. Ela não estava muito comunicativa, mandou que a seguisse e foi subindo alguns lances de escadas, o lugar era horrível, paredes com mofo e descascando que até espantava ela chamar de casa. Chegamos ao terceiro andar, apartamento 302, ela abriu a porta, me chamou para entrar e me apontou o sofá como que mandando, sem nada dizer, que eu me sentasse.
   Não tinha mais ninguém na casa, logo, me senti como se estivesse armando uma tocaia. Eu me sentei como ela havia mandado, ela foi para a cozinha e voltou com uma dose de uísque, dá um gole e me dá o copo, eu bebo, ela não fala nada, e eu também não estava achando o que falar.
   Então, pela primeira vez desde que chegamos ao apartamento, a misteriosa Marina começa a falar enquanto fica em pé na minha frente.
   - Acende um cigarro. Quero fumar.
   - Não quer um inteiro?
   - Não, gosto de dar uma tragada só e apagar.
   Pego um cigarro no meu maço quase vazio, acendo-o dou um trago e passo para ela, a moça lindamente dá uma forte tragada e enquanto a fumaça sai devagar pela sua boca ela inclina a cabeça levemente para a direita, estende o antebraço esquerdo e apaga nele o cigarro pressionando fortemente enquanto geme baixinho com uma cara de prazer imensurável. Fiquei sem movimentos, só conseguia ficar contemplando a sua cara de tesão ao queimar-se e quando percebi estava excitado. Ela senta no meu colo, puxa um pouco meu cabelo e finalmente faço algo, não com um desgraçado que batia na esposa e sim com uma bela moça que curtia fumar apenas uma tragada de cada cigarro.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Interesse.

  Estava sentado num banco a alguns metros da porta da sala, havia um espaço aberto e lá eu tomava meu café antes da aula, normalmente esperar para entrar nesse maldito curso de culinária que sou obrigado a frequentar é entediante, mais esse dia em específico foi ímpar.
 Terminei meu café, levantei espreguiçando-me e, como que instintivamente, olhei para trás e antes de começar a caminhar no rumo da sala vi ela, Marina, a minha colega de sala que possui lindos olhos cor de mel e coxas vistosas. Ela veio até mim, me deu um forte abraço e serenamente falou que sentia minha falta, comentário provavelmente devido ao fato de não ir naquela atividade extremamente embaraçosa há duas semanas, gostaria muito de te-la beijado naquela hora mesmo, mais não tenho intimidade para isso, não por falta de vontade, simplesmente não tenho.
  A moça pede-me que a espere enquanto ela fuma, pois, gostaria da minha companhia para ir até a sala de aula. Sem ter como negar, sentei-me novamente após seu convite, vi ela pegando em sua bolsa um maço de LM com algum sabor místico, pois tinha uma embalagem colorida e bem trabalhada. Pegou o isqueiro com uma suavidade admirável, acendeu o cigarro e deu uma tragada de modo tão sexy, a me deixar de água na boca. Reparei também nos seus olhos castanho claro que estavam com uma leve maquiagem deixando-os mais charmosos, coisas belas como essa me fazem pensar um pouco em acreditar em deus, mais só um pouco.
   Conversamos um pouco até ela terminar o cigarro e a vi sensualmente jogando a bituca ao chão e pisando-a. Fomos juntos para a sala, uma aula teórica falando sobre a historia da gastronomia, chatíssima como todas as daquele cursinho de bosta. Retirei da minha pasta um livro de contos mórbidos escritos por Lygia Fagundes Teles e quando o abri, ela olhou para mim e pediu para vê-lo, como não recuso o pedido de alguém com peitos, entreguei a ela. A jovem folheou o livro um pouco, demonstrou um leve interesse e devolveu-me. Estava lendo um dos contos e percebi que ela estava interessada na aula, acho belo o modo como responde baixinho ao professor, sentindo-se satisfeita por respondido, mais ainda assim mantendo sua esporádica timidez.
 Sabe, olhava ela daquele jeito, na carteira, atenciosa, parecendo uma colegial. Para mim que já não sou um moleque esse tipo de coisa excita demais, queria tanto ficar entre as coxas dela e beijar seu pescoço de forma gostosa, sem dar a minima para os boçais que estavam ali. Sei que não tão imoralmente ela também se interessa por mim, ela dá alguns sinais, como o jeito de agir, os olhares de canto de olho por entre os cabelos lisos e escuros, essas coisas de mulheres mais jovens. Pensava em quem sabe tentar, e dar umas indiretas, ela perceberia que a quero e poderia até curtir a ideia, normalmente não sou tão promíscuo, mais ultimamente não ando ligando muito pra isso.
  A aula acabou, me despedi dela com outro abraço e um beijo no rosto, mais bem próximo da boca, pra ela poder sentir meu carinho especial. Cheguei em casa meio cansado mais ainda com vontade de transar, dei um beijo longo em minha esposa, ajudei um pouco meu filho no dever de casa, era matemática, e fui deitar-me, tentei excitar minha mulher que segundo ela mesma não podia transar pois precisava ir na feira de manhã, então dormi, tive um sonho erótico com a doce Marina e acordei gozado.

domingo, 22 de maio de 2011

Nunca mais durante um tempo!


-Não importa o que ela estava sentindo, querendo ou não, ela saiu de mãos dadas com outra pessoa.
-Bem ríspido você.
-Ríspido? Estou me embebedando, fumando e cheirando igual a uma prostituta faz dois dias e a única coisa que consigo pensar em todo esse tempo é que ela de algum modo queria ficar comigo e não com aquele escroto com camisa de hippie. Como eu queria que ela não tivesse pegado na minha mão e me dado a face para beijar quando estava indo embora. Não quero vê-la nunca mais durante um tempo!
-Nunca mais durante um tempo? Que merda é essa?
-É até simples, eu não quero mais vê-la nunca mais, porém, sei que em breve eu a perdoarei
(não que ela tenha que me pedir perdão por ter alguém no mundo que, diferente de mim, tem coragem de falar que a ama e que arrancaria a perna esquerda, que é sua favorita, só para tê-la perto, só para poder beija-la e segurar na sua mão pequena enquanto ela está bêbada tentando achar sua amiga na balada.)
-Mais então porque você não fala isso pra ela? Acho que ela gosta de você, seja lá o que isso signifique.
-Por que eu sou um covarde que pensa muito antes de fazer qualquer coisa, declarações não fazem meu estilo!
-Então o que você vai fazer agora?
-Sair do messenger, masturbar-me e dormir!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Seios.

       Francisco não lembrava-se como havia ido parar naquela sala, ele só sabia que era um lugar conhecido e estavam com ele, Gabriel, veterano dele no curso de história, um homem que ele sabia cursar biologia, mas não sabia seu nome e uma moça bonita, não linda, somente bonita, que parecia tímida de começo.

Parecia que Gabriel e o outro cara estavam vedados da história pois ele não ouviu uma palavra dos dois durante todo o fato. Então ele começou a conversar com a moça, eles não se conheciam e Chico normalmente é tímido, porém, incrivelmente dessa vez, ele simplesmente soltou o verbo, conversou e divertiu-se com a moça como se fossem amigos íntimos, ou talvez mais, há longa data.

       Conversa vai e vem entre os dois, e permaneciam como plano de fundo da cena Gabriel e o "cara da bio", Chico e a moça que ele não sabia (nem saberá) o nome deitam-se em um colchão junto com um lápis verde que já havia sido apontados muitas vezes e umas folhas de papel canson, iguais as que Francisco usava para fazer anotações nas paredes de seu quarto. Uma brincadeira sem muito sentido começa, em que enquanto pensa nos atributos físicos do outro, a pessoa escreveria números aleatórios e usando uma “equação mistica” eles teriam um numero de pontos que dariam a vitória a algum deles.

     A moça ofereceu seus seios, porém mantendo-os dentro da blusa, para que Chico toca-se, aparentemente aquilo parecia normal para ela. O jovem sem pestanejar apalpa os peitos, da que era agora para ele uma bela moça, afinal, qualquer uma que deixe um homem pegar em seu peito terá seu nível de beleza aumentado para ele. Um tesão sem limites percorreu o corpo de Chico, ele tentava vê-los por entre o decote da moça sem muito sucesso, para o baixo e gordinho estudante de história aqueles eram os seios mais belos em todo o mundo mesmo sem ele conseguir vê-los diretamente. Eram macios e agradáveis ao toque, a lembrança daqueles peitos charmosos demoraria a sair da cabeça do rapaz, parecia que ele estava a apalpar a face de deus, sua boca encheu-se de saliva e sua calça aumentou de volume, as mãos dele estavam a suar e ele continuava a sentir aqueles seios brancos e vistosos da mulher que começou bonita e tornou-se bela,linda, maravilhosa e todos os adjetivos cabíveis a ninfa que deixara acariciar as mamas, tão perfeitas que pareciam um presente de um ser superior no qual Francisco nunca acreditou. Chico embala-se e tende a querer usar mais do corpo daquela moça, sair do incrível porem somente “apalpar de seios”, ela o barra e diz que por enquanto estão só brincando, ele aceita, pois, não tinha opção e estava em uma posição confortável.

A linda mulher agora recosta sua cabeça sobre a barriga, um tanto quanto saliente, de Francisco, parece ouvir algo e achar graça, ele por alguns momentos pensa que ela vai tentar acaricia-lo, mais isso não acontece, então ele passa a temer fazer algum barulho estomacal, não queria envergonhar-se na frente da moça tão bela. Aparentemente ele consegue, ela faz uma soma de notas, mais a brincadeira foi tão boa que ambos não dão importância as notas.

O tão agradável bate papo continua e Gabriel e o “cara da bio” permanecem no outro lado da sala, praticamente estáticos, como se nem conseguissem ver as “brincadeiras” que rolavam do outro lado da sala, brincadeiras que vão prendendo ele a moça. Sem saber o porque, chega a hora de ir embora, Chico lamenta por não ter conseguido um beijo, ou talvez um pouco de sexo, da moça, mais o gordinho sempre teve a mania de sentir remorso por antecipação, então mais do que inesperadamente a moça faz mais uma de suas maravilhosas brincadeiras:

-Ainda tem uma chance para masculinidade!

Francisco não entendeu o por que da escolha de palavras, mais era o que ele menos ligaria nesse momento. Puxou o rosto da moça que estava sentada e deu-lhe um beijo molhado e que alguns olhos até chamariam de apaixonado, e agora sim a verdadeira brincadeira estava começando, uma sessão de beijos quentes e caricias tanto nos perfeitos peitos leitosos da moça, quanto no resto do tenro corpo da moça branca. Chico estava tão excitado que nem percebera que havia pressionado a moça contra a parede, porem ela pareceu não ligar muito, pois continuaram a agarrar-se sem preocupação alguma,até que assim, sem motivo aparente a moça acerta-lhe uma joelhada nas bolas, daquelas de acabar com toda a hombridade de alguém, parecia ser a brincadeira final dela. Ele cai no chão de dor, fazendo uma careta provavelmente, e quando ele abre o olho ela está a correr, ele não entende, mais mesmo assim não tenta, e provavelmente nem conseguiria, correr atrás, na verdade ele só tenta compreender o ocorrido, a moça corre e assim desaparece de sua vista e de sua vida, ele fecha os olhos novamente e depois de um pequeno salto da poltrona ele percebe-se acordando babado e excitado dentro de um ônibus parado no terminal.

No caminho para casa ele não para de pensar na moça, ele tentava descobrir quem era ela, já que costumam dizer que não se pode sonhar com uma face que nunca se viu antes, pensa que poderia talvez ser a atendente do café que ele costuma visitar, mais assim como todo sonho a imagem dessa moça foi esvaindo de sua mente a ponto dele não poder mais reconhece-la, a única coisa que ficara era a sensação dos seios dela em suas mãos.

Ele chega em casa, senta e acende um baseado, então escuta em seu quarto gemidos altíssimos, estridentes, acompanhado de um angustiante barulho de encochadas, espanta-se com a frequência do barulho, pois , percebia que nunca conseguiria tal feito,ele da uma leve levantada de sua poltrona, mais hesita e volta a sentar, dá mais uma tragada no beck e fica a esperar sua namorada sair do quarto pensando nos peitos brancos da moça do seu sonho.



Baseado em um sonho.