Tinha acabado de sair de um coquetel de finalização de um congresso, estava entediado lá, um bando de professores com seus blazeres de flanela e seus sapatos de ponta fina e suas caras de superior, que apareciam apenas com a finalidade de ocultar suas psicoses. Eu odiava aquele congresso, aquela gente, estava odiando até mesmo o fato de ter que respirar o mesmo ar que aqueles otários. Chamei os que eram decentes daquela corja toda e avisei onde irem, um bar a algumas quadras dali e fui levar Mônica até sua casa, ela era uma caloura minha e estava bêbada, ela era fraca para bebida e na festividade serviram vinho. Deixando ela em casa, ela percebeu meus dentes levemente arroxeados.
-Seus dentes estão roxos de vinho.
-OK, não posso fazer nada.
-Meus dentes estão roxos?
Conferi os seus dentes, estavam bem manchados e dava para sentir o cheiro de vinho vindo dela.
-Muito. Você deveria escovar os dentes, vou indo.
Me
despedi e continuei a andar pela rua, era uma noite fria e com neblina,
fraca, porém, existente, tirei um fino que tinha no bolso e o acendi, a
fumaça esquentava meu pulmão, e comecei a caminhar mais rápido. Cheguei
no bar, chamava-se “São Francisco”, quando ia entrando reparei numa
guria adorável, ela tinha um cabelo longo, liso e de um vermelho escuro,
além de umas coxas, que coxas eram aquelas, me lembravam as coxas da
Rachel Weisz, e qualquer mulher que me lembre a Rachel Weisz merece
admiração. Olhei ao redor, o pessoal já havia chegado e trouxeram com
eles uma quantidade razoável de pessoas, tinham 4 mesas encostadas e eu
sentei-me com eles.
Pedi uma dose de conhaque com gelo e comecei a conversar com o cara ao meu lado, era um veterano pelo qual tinha algum respeito, falamos sobre o modo místico que historiadores lidam com piadas, não sabendo fazê-las ou mesmo ouvi-las, e também como um comediante da internet fez piadas com certos ditadores do século XX. Historiadores, sempre tentando explicar tudo de modo contextual, nunca dão o braço a torcer e sempre precisam de algo que comprove ou embase o que eles vão falar, enquanto pensava isso agradecia por não ser um historiador ainda. Terminei minha dose de forma rápida, pedi outra e saí com um outro amigo, ele ia fumar e eu queria continuar uma conversa que tínhamos e também olhar a mulher de cabelos vermelhos. Falávamos sobre mulheres do passado e do presente, aquele era um assunto que me agradava. Troquei olhares com a moça que estava reparando, ela não parecia interessada, mas, ainda assim me sentia tentado por aquelas coxas.
-Você viu aquelas coxas? Perguntei ao Ítalo, o amigo fumante.
-As da ruiva?
Pedi uma dose de conhaque com gelo e comecei a conversar com o cara ao meu lado, era um veterano pelo qual tinha algum respeito, falamos sobre o modo místico que historiadores lidam com piadas, não sabendo fazê-las ou mesmo ouvi-las, e também como um comediante da internet fez piadas com certos ditadores do século XX. Historiadores, sempre tentando explicar tudo de modo contextual, nunca dão o braço a torcer e sempre precisam de algo que comprove ou embase o que eles vão falar, enquanto pensava isso agradecia por não ser um historiador ainda. Terminei minha dose de forma rápida, pedi outra e saí com um outro amigo, ele ia fumar e eu queria continuar uma conversa que tínhamos e também olhar a mulher de cabelos vermelhos. Falávamos sobre mulheres do passado e do presente, aquele era um assunto que me agradava. Troquei olhares com a moça que estava reparando, ela não parecia interessada, mas, ainda assim me sentia tentado por aquelas coxas.
-Você viu aquelas coxas? Perguntei ao Ítalo, o amigo fumante.
-As da ruiva?
-É. Elas são perfeitas, me lembram a da Rachel Weisz.
-São muito bonitas mesmo.
-Ela não é ruiva, ela tem cabelo vermelho.
-Não é a mesma coisa?
-Eu também achava, mas um dia conheci uma guria meio doida que tinha belos cabelos vermelhos, ela era linda, baixinha, e bem inteligente, uma vez chamei-a de ruiva e fui xingado igual um filho de puta. Depois disso sempre corrijo os outros caras, pelo que entendi dessa pira toda, elas não gostam de ser chamadas de ruivas.
-Interessante, terminei o cigarro, vamos indo?
Sentamos de volta a mesa e terminei minha segunda dose, estava meio bêbado. Pedi a terceira dose e fui ao banheiro, agarrei-me ao primeiro mictório que achei, abri a calca tirei, mijei, estava branquíssima minha urina, puro álcool, chacoalhei, guardei, lavei minha mão, vi um cara ao meu lado sair sem fazê-lo e voltei a mesa, o conhaque me esperava, continuei bebendo, conversando com Ítalo, descobri que o primeiro nome verdadeiro da Rachel Weisz é Elizabeth, que a porcaria do cheiro da chuva tem um nome, mas não me lembro mais qual é e que a deliciosa Bruna Caram nasceu em Avaré, cidade natal dele.
-São muito bonitas mesmo.
-Ela não é ruiva, ela tem cabelo vermelho.
-Não é a mesma coisa?
-Eu também achava, mas um dia conheci uma guria meio doida que tinha belos cabelos vermelhos, ela era linda, baixinha, e bem inteligente, uma vez chamei-a de ruiva e fui xingado igual um filho de puta. Depois disso sempre corrijo os outros caras, pelo que entendi dessa pira toda, elas não gostam de ser chamadas de ruivas.
-Interessante, terminei o cigarro, vamos indo?
Sentamos de volta a mesa e terminei minha segunda dose, estava meio bêbado. Pedi a terceira dose e fui ao banheiro, agarrei-me ao primeiro mictório que achei, abri a calca tirei, mijei, estava branquíssima minha urina, puro álcool, chacoalhei, guardei, lavei minha mão, vi um cara ao meu lado sair sem fazê-lo e voltei a mesa, o conhaque me esperava, continuei bebendo, conversando com Ítalo, descobri que o primeiro nome verdadeiro da Rachel Weisz é Elizabeth, que a porcaria do cheiro da chuva tem um nome, mas não me lembro mais qual é e que a deliciosa Bruna Caram nasceu em Avaré, cidade natal dele.
Continuei
a beber, terminei a terceira dose e pedi a quarta, terminei a quarta e
pedi a quinta, depois disso estava bêbado demais para conversar, fiquei
um tempo na mesa e resolvi ir embora, deixei algumas notas na mesa,
peguei minha carteira e as chaves, despedi-me do Ítalo e deixei os
outros de lado, eram muitas pessoas e eu estava muito bêbado e elas
estavam ocupadas com suas conversas sem importância. Fui ao
estacionamento e apertei o botão do alarme, uma luz piscou e uma buzina
rápida tocou, fui até o carro, liguei-o, dei a ré, andei um pouco e
bati de leve em outro, nessa hora lembrei que tinha vendido meu carro há
um mês para pagar umas dívidas. Saí do carro, olhei de canto para a
direção do bar, parecia que ninguém tinha percebido o que eu tinha
feito, aproveitei e saí de fininho, deixei o carro aberto e fui embora,
acho eu que despercebido. Cheguei em casa com dificuldade, deitei na
cama sem nem mesmo o tênis tirar e dormi, acordei no meio da noite corri
até o banheiro e vomitei muito, lavei minha boca, tomei alguma água, da
torneira do banheiro mesmo e voltei para a cama. Sonhei com um acidente
de carro e com a Rachel Weisz, acordei durante a tarde, fiquei o dia
todo esperando que me ligassem reclamando pelo carro, não o fizeram, achei ótimo, não teria dinheiro para pagar o concerto de um carro. Acho que
tenho alguma paranoia com a Rachel Weisz.
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Texto simples e escrito meio bêbado, não me julguem.