Muitos já devem ter escrito sobre o que andou rolando nos últimos dias na Universidade Estadual de Maringá, porém, nenhum deles tem meu jeito de ver as coisas, um jeito que eu chamaria de um tanto quanto peculiar. Não cabe aqui falar sobre todas as facetas da minha personalidade, então com base nos fatos que irei descrever vocês tirem suas próprias conclusões. Nessa pequena conversa mostrarei como eu, Francisco Miranda, estudante de história e participante de todas as ações políticas que ocorreram na UEM no decorrer das últimas semanas viu a situação.
Acordei atrasado para o ato, não muito, mas com certeza iria chegar depois do início. Como café da manhã bebi um pouco de leite com chocolate, se bem me lembro, duas fatias de pão e por último alguns goles de uma batida de coco que estava na geladeira. Queria participar do ato, então me apressei, não daria tempo de tomar um banho, então só troquei de roupa e reforcei meu desodorante. Fui andando rápido até o DCE, onde não achei mais ninguém (lá era o ponto de inicio da porra toda), porém, conseguia ouvir vozes vindo da direção da avenida Colombo, fui até lá. Quando cheguei encontrei uma multidão, um carro com caixas de som em cima, de onde os comunistas que estavam organizando a manifestação falavam palavras de ordem não muito bem ensaiadas e que a grande maioria das pessoas erravam, não era bonito de se ouvir, mas era engraçado. Havia combinado de me encontrar com alguns amigos que já estavam ali, então fui procurá-los, acho que sou bom nessas coisas, pois em questão de 2 ou 3 minutos já tinha achado eles num grupo com cerca de 600 pessoas. Agora estávamos em 4, engatei uma conversa com Hélio enquanto íamos andando e entremeio o diálogo gritávamos as palavras de ordem que estavam rolando. Íamos falando sobre a quantidade mística de mulheres belas que estavam ali, e as que se destacavam no montante de estudantes, universitárias e gostosas, ganhavam comentários perversos. Andamos até uma esquina, depois fizemos a volta e chegamos na reitoria, fui acompanhando com os olhos uma bela moça de cabelo ruivo, mas desisti dela quando a vi beijando seu namorado, uma vez na reitoria o momento chave de toda a semana chegou, o reitor entregou a carta com a resposta das reivindicações que foram feitas a ele 15 dias antes (estou falando sobre meu ponto de vista, então não é necessário que você esteja totalmente inteirado da situação), uma vez com a carta em mãos, um jovem que cursava educação física e tinha cara de idiota leu-a na frente de todos. Era lixo, pura balela em vão usada para tentar apaziguar a ira dos manifestantes, ele questionou o que deveríamos fazer e uma proposta surgiu, só uma, mas que seria extremamente eficiente, invadir a reitoria e ocupá-la até ter uma resposta digna de pessoas que são o futuro do país. O espírito de anarquia tomou conta de todos e com uma decisão praticamente unanime invadimos o prédio, com o passar de algumas horas todos os funcionários estavam fora e estávamos organizando tudo para que aquela ocupação fosse perfeita. No começo da noite eu havia sido encarregado membro da comissão de segurança, iriamos guardar todos no local, grande coisa, as pessoas estavam numa sinergia tão grande que não era necessário alguém para garantir segurança, mas existiam fatores externos, o que tornava minha função compreensível. Fui para minha casa e tomei um bom banho e arrumei minhas coisas, voltei por volta das 11 da noite para a reitoria, seria uma longa noite. Durante todo o tempo que fiquei lá, volta e meia via uma mulher, ela era baixa e levemente rechonchuda, com um olhar e um jeito tão meigos que me balançaram profundamente (sou pego muito fácil por trejeitos), ela tinha uma câmera na mão quase todo o tempo, loira e com uma pinta no rosto, uma dessas moças que te fazem escutar Belle and Sebastian na cabeça de tão encantadoras, além do que usava um vestido bonito, que dava a impressão que aquela cativante guria tinha vindo direto dos anos 50 para mim. Já tinha visto ela nos arredores da universidade e em outros pontos da cidade, mas naquele dia ela estava especialmente linda. Não sou o tipo que vai atrás de mulheres desconhecidas, então fiquei a esperar algum sinal da parte dela. A noite foi indo e um acampamento foi firmado no local, um espírito de luta dominava todos, era lindo, aquele lugar parecia uma comunidade alternativa, mas com o privilégio de ter uma lanchonete a 50 metros dali.
Não comentei quando falei de minha função lá, mas das 4 até as 8 da manhã seria meu “turno”. Durante esse tempo conheci gente nova, algumas pessoas interessantes, muita gente chata e uma mulher bem malandra (que não vem ao caso falar sobre agora), foi interessante, eu que normalmente sou fechado estava até conversando com o pessoal. O dia foi amanhecendo e as pessoas presentes foram levantando, eu estava na porta cuidando para que nenhuma pessoa que não fosse um estudante ou parceiro nosso entrasse (não era um trabalho difícil, afinal, estava tudo meio parado). Os estudantes começaram a sair de dentro da reitoria (tenho que explicar que não havia como dormir todos lá dentro, logo, alguns acamparam fora enquanto a outra parte ficou lá dentro). A linda moça de que estava falando acima saiu, ela tinha em sua mão uma caneca preta e longa com café puro nela, ela estava com aquela expressão acabada de começo de manhã, não era algo lindo de se ver, mas, achei fofo, em sua outra mão um pão com manteiga que a galera da comissão de cozinha estava servindo, ela andou um pouco e conversou com alguns humanos que me foram ofuscados pela beleza da pequena jovem, ela tinha uns trejeitos com a cabeça muito engraçados e ao mesmo tempo belos, essas coisas que nos dão até uma indignação. Agora ela estava vindo na minha direção (mentira, ela estava indo para a porta que estava atrás de mim, mas posso me iludir do jeito que bem me convier), enquanto comia seu pão, um pouco da manteiga ficara em seu rosto, tão lindo, tão tolo, tão apaixonante, quando ia entrar no prédio, de forma envergonha falei-a “moça, tem … no seu rosto” (onde deveria falar manteiga simplesmente apontei para região onde estava sujo nela, em minha própria face), mal consegui falar a frase toda, ela limpou-se e agradeceu falando um obrigada bem baixinho com uma cara de vergonha, fiquei todo derretido, aquela moça tinha ganhado muito do meu interesse. Após algum tempo, chegou às 8 horas e eu precisava ir para a aula, larguei o meu posto e fui na direção de minha casa, queria tomar um banho antes de ir para aula. Pensava muito na moça loira. Enquanto andava ouvi um homem que caminhava ao meu lado falando algo no celular sobre o céu e balões, quando olhei para minha esquerda com o fim de atravessar a rua, vi dois balões desses de ar quente sobrevoando a Universidade bem de perto, achei bonito e sorri.
Acordei atrasado para o ato, não muito, mas com certeza iria chegar depois do início. Como café da manhã bebi um pouco de leite com chocolate, se bem me lembro, duas fatias de pão e por último alguns goles de uma batida de coco que estava na geladeira. Queria participar do ato, então me apressei, não daria tempo de tomar um banho, então só troquei de roupa e reforcei meu desodorante. Fui andando rápido até o DCE, onde não achei mais ninguém (lá era o ponto de inicio da porra toda), porém, conseguia ouvir vozes vindo da direção da avenida Colombo, fui até lá. Quando cheguei encontrei uma multidão, um carro com caixas de som em cima, de onde os comunistas que estavam organizando a manifestação falavam palavras de ordem não muito bem ensaiadas e que a grande maioria das pessoas erravam, não era bonito de se ouvir, mas era engraçado. Havia combinado de me encontrar com alguns amigos que já estavam ali, então fui procurá-los, acho que sou bom nessas coisas, pois em questão de 2 ou 3 minutos já tinha achado eles num grupo com cerca de 600 pessoas. Agora estávamos em 4, engatei uma conversa com Hélio enquanto íamos andando e entremeio o diálogo gritávamos as palavras de ordem que estavam rolando. Íamos falando sobre a quantidade mística de mulheres belas que estavam ali, e as que se destacavam no montante de estudantes, universitárias e gostosas, ganhavam comentários perversos. Andamos até uma esquina, depois fizemos a volta e chegamos na reitoria, fui acompanhando com os olhos uma bela moça de cabelo ruivo, mas desisti dela quando a vi beijando seu namorado, uma vez na reitoria o momento chave de toda a semana chegou, o reitor entregou a carta com a resposta das reivindicações que foram feitas a ele 15 dias antes (estou falando sobre meu ponto de vista, então não é necessário que você esteja totalmente inteirado da situação), uma vez com a carta em mãos, um jovem que cursava educação física e tinha cara de idiota leu-a na frente de todos. Era lixo, pura balela em vão usada para tentar apaziguar a ira dos manifestantes, ele questionou o que deveríamos fazer e uma proposta surgiu, só uma, mas que seria extremamente eficiente, invadir a reitoria e ocupá-la até ter uma resposta digna de pessoas que são o futuro do país. O espírito de anarquia tomou conta de todos e com uma decisão praticamente unanime invadimos o prédio, com o passar de algumas horas todos os funcionários estavam fora e estávamos organizando tudo para que aquela ocupação fosse perfeita. No começo da noite eu havia sido encarregado membro da comissão de segurança, iriamos guardar todos no local, grande coisa, as pessoas estavam numa sinergia tão grande que não era necessário alguém para garantir segurança, mas existiam fatores externos, o que tornava minha função compreensível. Fui para minha casa e tomei um bom banho e arrumei minhas coisas, voltei por volta das 11 da noite para a reitoria, seria uma longa noite. Durante todo o tempo que fiquei lá, volta e meia via uma mulher, ela era baixa e levemente rechonchuda, com um olhar e um jeito tão meigos que me balançaram profundamente (sou pego muito fácil por trejeitos), ela tinha uma câmera na mão quase todo o tempo, loira e com uma pinta no rosto, uma dessas moças que te fazem escutar Belle and Sebastian na cabeça de tão encantadoras, além do que usava um vestido bonito, que dava a impressão que aquela cativante guria tinha vindo direto dos anos 50 para mim. Já tinha visto ela nos arredores da universidade e em outros pontos da cidade, mas naquele dia ela estava especialmente linda. Não sou o tipo que vai atrás de mulheres desconhecidas, então fiquei a esperar algum sinal da parte dela. A noite foi indo e um acampamento foi firmado no local, um espírito de luta dominava todos, era lindo, aquele lugar parecia uma comunidade alternativa, mas com o privilégio de ter uma lanchonete a 50 metros dali.
Não comentei quando falei de minha função lá, mas das 4 até as 8 da manhã seria meu “turno”. Durante esse tempo conheci gente nova, algumas pessoas interessantes, muita gente chata e uma mulher bem malandra (que não vem ao caso falar sobre agora), foi interessante, eu que normalmente sou fechado estava até conversando com o pessoal. O dia foi amanhecendo e as pessoas presentes foram levantando, eu estava na porta cuidando para que nenhuma pessoa que não fosse um estudante ou parceiro nosso entrasse (não era um trabalho difícil, afinal, estava tudo meio parado). Os estudantes começaram a sair de dentro da reitoria (tenho que explicar que não havia como dormir todos lá dentro, logo, alguns acamparam fora enquanto a outra parte ficou lá dentro). A linda moça de que estava falando acima saiu, ela tinha em sua mão uma caneca preta e longa com café puro nela, ela estava com aquela expressão acabada de começo de manhã, não era algo lindo de se ver, mas, achei fofo, em sua outra mão um pão com manteiga que a galera da comissão de cozinha estava servindo, ela andou um pouco e conversou com alguns humanos que me foram ofuscados pela beleza da pequena jovem, ela tinha uns trejeitos com a cabeça muito engraçados e ao mesmo tempo belos, essas coisas que nos dão até uma indignação. Agora ela estava vindo na minha direção (mentira, ela estava indo para a porta que estava atrás de mim, mas posso me iludir do jeito que bem me convier), enquanto comia seu pão, um pouco da manteiga ficara em seu rosto, tão lindo, tão tolo, tão apaixonante, quando ia entrar no prédio, de forma envergonha falei-a “moça, tem … no seu rosto” (onde deveria falar manteiga simplesmente apontei para região onde estava sujo nela, em minha própria face), mal consegui falar a frase toda, ela limpou-se e agradeceu falando um obrigada bem baixinho com uma cara de vergonha, fiquei todo derretido, aquela moça tinha ganhado muito do meu interesse. Após algum tempo, chegou às 8 horas e eu precisava ir para a aula, larguei o meu posto e fui na direção de minha casa, queria tomar um banho antes de ir para aula. Pensava muito na moça loira. Enquanto andava ouvi um homem que caminhava ao meu lado falando algo no celular sobre o céu e balões, quando olhei para minha esquerda com o fim de atravessar a rua, vi dois balões desses de ar quente sobrevoando a Universidade bem de perto, achei bonito e sorri.
Continuei andando e ao chegar a uma passarela da UEM que passa por um campo aberto vi vários balões enquanto escutava o som de suas turbinas (ou seja lá que caralho move aquilo), estava com um sentimento de felicidade, fiquei sorridente. Cheguei em minha casa e desisti de ir na aula, estava cansado, deitei, dormi, sonhei com a moça e acordei bobo, estava apaixonado ou pelo menos encantado, até tentei me sentir mal por minha atenção naquela coisa toda ter sido da jovem e não do movimento estudantil, mas não consegui, no fundo, para mim, mulheres são mais atraentes que a política.
huauhuhahuauha mocinha essa com uma cara de ligeira...
ResponderExcluirera um chá! ;]
ResponderExcluirBonito.
ResponderExcluirToda menina tinha que ser vista assim pelo menos uma vez, com essa pureza e admiração respeitosa. O mundo seria um tantinho melhor se isso não fosse tão raro.