É impressionante a capacidade humana de criar manias. Eu sempre fui muito bom em criar as minhas, uma vez cismei que deveria bater duas vezes os talheres, fazendo um som agudo, para “avisar” meu estômago que a festa estava começando. Outra vez adquiri o hábito de arrumar minha camiseta, puxando-a para baixo e descolando-a do corpo, toda vez que meu relógio tocava, o que ocorria de hora em hora.
Uma vez dito que sou um homem de manias, vou lhe falar um pouco sobre as épocas em que misturei minhas manias, que criam-se todo o tempo e minha vida amorosa, também conhecida em alguns lugares como “insanidade injustificável”.
Estava no segundo ano de faculdade e era razoavelmente bom em algo que meu avô costumava chamar de “galanteio”. Nunca fui muito bonito, então me obriguei a ser bom conversador para conseguir ter algo para mostrar às jovens. Na época eu não perdia a oportunidade de puxar uma conversa com as pessoas do sexo oposto, e como andava com uma taxa de sucesso bem alta, comecei a ter mudanças peculiares no meu “tipo” de mulher. Sendo assim acabei decidindo que só teria relacionamentos longos com jovens ruivas ou de cabelo pintado, não teria problema ficar com outro tipo, mas namorar ou qualquer coisa que durasse mais de uma semana deveria seguir esta regra, não sei por que escolhi ruivas, mas elas sempre me atraíram muito, acho que no começo foi só questão de gosto mesmo.
Foi impressionante, na semana seguinte achei uma moça nesse padrão. Chamava-se Dayane e era do interior de São Paulo. Tinha uma conversa agradável e belos peitos e um admirável traseiro, gostava de ouvir hardcore, se eu não estou enganado, e conversar sobre política liberal (não era algo que me interessava muito, mas com ela falando tinha lá seu charme), e obviamente seus cabelos eram tingidos, tinham um fabuloso tom vermelho sangue.
Nós ficamos juntos durante 3 perfeitos meses, foi incrível, ela fazia umas coisas com a mão que me deixava louco, mas isso não vem ao caso. Depois desse tempo ela desistiu do curso (tenho dúvidas até hoje se ela fazia farmácia ou química, lembro que ela sempre tinha jalecos pendurados no cabideiro, acho que era farmácia mas não consigo afirmar com certeza qual era) e voltou para sua cidade, pelo que sei, isso é, se ela me falou a verdade, seu pai estava doente. Quando ela se foi, fiquei deprimido, e no fundo eu pensava que ela voltaria, nessa época eu percebi que havia realmente me apaixonado por aquela mulher.
O jeito que meu inconsciente deu para que eu ficasse, com certeza em vão, esperando por ela foi, uma mania extra e umas mudanças nas regras que eu criei tempos antes para relacionamentos.
O coração de um jovem pode pregar peças quando está apaixonado, e o meu não agiu de forma diferente naquele instante. Após algum tempo engolindo a separação e o fato da moça de que gostava ter ido para não mais voltar, resolvi que cores de cabelo não importavam, a regra agora era: “não relacionar-se com uma moça que tenha as duas pernas” e isso valia para todas as ocasiões, ficar, namorar, uma simples trepada, só valiam, pernetas ou sem pernas. Comigo falando assim, você pode pensar “esse cidadão tá completamente louco!” mas dentro de mim, eu acreditava realmente na volta da formosa Dayane e suas mãos macias, assim na minha cabeça, aquilo tudo era só um jeito de garantir a vaga dela, até seu retorno. Outra coisa que me surpreende nas atitudes humanas é a influência da sorte, não sorte tipo destino ou coisa assim, apenas o poder e a beleza do acaso. Fiquei alguns meses sem mulher nenhuma e jurando a mim mesmo que estava assim por que era exigente e que nunca achei mulher que entrasse nos meus padrões, ou seja, não havia mulher boa o bastante para mim. Até que começou o novo ano letivo, junto dele veio a nova safra de calouros da Universidade Estadual de Maringá, e com eles uma surpresa. Incrivelmente uma das minhas calouras andava de muletas, e com um jeito de mancar diferente do normal para alguém que quebrou a perna. No mesmo dia, na festa de recepção para os calouros de história, puxei conversa com ela, de começo sem tanta pretensão, estava conhecendo os calouros, mas depois vi, que era verdadeiro interesse. Enquanto nos falávamos descobri que por incrível que pareça existia uma perneta naquela cidade. Ela sofrera um acidente quando tinha 6 anos, estava junto com seu irmão mais velho numa moto e bateram ao lado de um ônibus, história triste e com ela contando era impressionantemente encantador, foi fácil já que tenho um certo encanto por pessoas fodidas pelas suas vidas.
O jeito que meu inconsciente deu para que eu ficasse, com certeza em vão, esperando por ela foi, uma mania extra e umas mudanças nas regras que eu criei tempos antes para relacionamentos.
O coração de um jovem pode pregar peças quando está apaixonado, e o meu não agiu de forma diferente naquele instante. Após algum tempo engolindo a separação e o fato da moça de que gostava ter ido para não mais voltar, resolvi que cores de cabelo não importavam, a regra agora era: “não relacionar-se com uma moça que tenha as duas pernas” e isso valia para todas as ocasiões, ficar, namorar, uma simples trepada, só valiam, pernetas ou sem pernas. Comigo falando assim, você pode pensar “esse cidadão tá completamente louco!” mas dentro de mim, eu acreditava realmente na volta da formosa Dayane e suas mãos macias, assim na minha cabeça, aquilo tudo era só um jeito de garantir a vaga dela, até seu retorno. Outra coisa que me surpreende nas atitudes humanas é a influência da sorte, não sorte tipo destino ou coisa assim, apenas o poder e a beleza do acaso. Fiquei alguns meses sem mulher nenhuma e jurando a mim mesmo que estava assim por que era exigente e que nunca achei mulher que entrasse nos meus padrões, ou seja, não havia mulher boa o bastante para mim. Até que começou o novo ano letivo, junto dele veio a nova safra de calouros da Universidade Estadual de Maringá, e com eles uma surpresa. Incrivelmente uma das minhas calouras andava de muletas, e com um jeito de mancar diferente do normal para alguém que quebrou a perna. No mesmo dia, na festa de recepção para os calouros de história, puxei conversa com ela, de começo sem tanta pretensão, estava conhecendo os calouros, mas depois vi, que era verdadeiro interesse. Enquanto nos falávamos descobri que por incrível que pareça existia uma perneta naquela cidade. Ela sofrera um acidente quando tinha 6 anos, estava junto com seu irmão mais velho numa moto e bateram ao lado de um ônibus, história triste e com ela contando era impressionantemente encantador, foi fácil já que tenho um certo encanto por pessoas fodidas pelas suas vidas.
Nos aproximamos rapidamente, primeiro pelo fato dela ser a única pessoa naquela universidade e em todo o meu círculo social, que supria minhas exigências quanto a atributos físicos, segundo que mutilados sempre me chamaram a atenção, eu gosto deles, parecem tão aventureiros, ou o que resta deles depois de aventura mal sucedida, e por último, ela era uma maconheira de primeira, o que criava um laço entre nós, a ganja e nosso apego a ela. Ela era bonita, olhos claros e cabelos pretos, dei graças na época por não me apegar mais a cores de cabelo, apesar de preferir ruivas e tingidas. Seu nome era Mel, me chamou bastante a atenção, ela tinha uma insegurança notável que me atraiu logo (pode-se somar ao fato dela ser bonita e ter um jeito de ser que me atraía, o fato de não transar a meses, mas seria indelicado de minha parte falar), além do que, ela também não tinha muitas opções, afinal, além de mim, quantos caras você acha que olham com paixão para uma perneta, não que ela não fosse atraente, mas creio eu que deve haver algum tipo de preconceito contra a sua classe. Então foi basicamente assim, num dia estava dando meu primeiro beijo na doce e insegura Mel, aconteceu ainda na primeira semana de aula, e quando me dei conta, completávamos 2 anos de namoro. Foram 2 prazerosos anos, que passaram rápido demais pro meu gosto, mas tenho que dizer que aquela mulher, apesar de não ter uma das pernas, sabia muito bem o que fazer com suas coxas, que eram muito fortes e grossas por sinal.
O fim do meu relacionamento com Mel nunca ficou muito claro para mim, acho que sua insegurança, que nunca deixou de existir enquanto namorávamos, fez com que ela terminasse comigo. Eu tinha me formado a poucas semanas e segundo ela, não queria que eu ficasse em uma cidade que não era meu lar só por sua causa, ela me disse que sempre pensou que tive pena dela e por isso me interessei, eu até tentei negar e conversar, mas ela era teimosa. Bem, isso é o que ela falou para mim, existe a possibilidade dela querer trepar com outros, ela poderia ter achado alguém que gostasse de pernetas tanto quanto eu, ou só ter enjoado de mim e aproveitado a deixa, mas, como eu nunca faço perguntas que não quero realmente saber a resposta, nunca fui muito a fundo nessa conversa, afinal se ela queria terminar não haveria nada que eu pudesse fazer.
Me formei e voltei para a “espetacular” Cascavel, saí de lá como estudante, voltei professor de história, grande bosta, eu não tinha mais comigo a minha querida Mel. Uma vez em Cascavel fui contratado por um colégio para dar algumas aulas de história do Brasil no pré-vestibular. Lá eu via dezenas de jovens moças com seus atraentes corpos e seus cabelos de todas as cores e suas pernas e coxas e eu não sentia atração alguma, para mim, naqueles tempos em que eu estava extremamente deprimido, nunca iria aparecer outra garota como ela. Vivi perto de 1 ano e meio como um ser assexuado, eu havia sido despedaçado e estava remontando-me, precisava me ver longe de mulheres e de sua influência por um bom tempo. Ao fim desse período, conheci ela, a mulher de que quero falar desde o começo de toda essa história. Victória. Ela era a nova professora de filosofia, na verdade ela havia se formado em psicologia, mas podia dar aulas graças a uma especialização feita a distância, além do que abrir um consultório não é algo fácil hoje em dia. Victória tinha lindos cabelos ruivos e ondulados, lembrando chamas e um kanji significando “amor” quase que imperceptível tatuado na nuca, ela também era dona de um belo par de seios, e usava óculos, o que a deixava com um ar de intelectual reprimida que eu achei estranho de começo, mas logo, achei belo. De começo, nós éramos apenas amigos, sem nenhuma sacanagem, pelo menos da minha parte, saíamos juntos e tudo o mais que colegas que viram amigos fazem, mas, até então, não tínhamos olhares de malícia um para o outro. Ela me contou como tinha um triste fim em todos os seus relacionamentos e que na grande maioria das vezes era por sua própria culpa, por ser muito exigente a maioria das vezes e que estava tentando mudar isso, me identifiquei com ela nesse aspecto, e eu lhe contei toda a minha história, na verdade, praticamente vomitei toda minha história de vida nela, não sei por que mas sempre agi como se a palavra psicólogo e “confidente para todas as horas” fossem sinônimos, ela admirou-se com tudo isto e segundo a própria, foi isso que a fez se interessar por mim de começo, até hoje não entendo.
Dedicado à Victória, minha futura paixão.
Me formei e voltei para a “espetacular” Cascavel, saí de lá como estudante, voltei professor de história, grande bosta, eu não tinha mais comigo a minha querida Mel. Uma vez em Cascavel fui contratado por um colégio para dar algumas aulas de história do Brasil no pré-vestibular. Lá eu via dezenas de jovens moças com seus atraentes corpos e seus cabelos de todas as cores e suas pernas e coxas e eu não sentia atração alguma, para mim, naqueles tempos em que eu estava extremamente deprimido, nunca iria aparecer outra garota como ela. Vivi perto de 1 ano e meio como um ser assexuado, eu havia sido despedaçado e estava remontando-me, precisava me ver longe de mulheres e de sua influência por um bom tempo. Ao fim desse período, conheci ela, a mulher de que quero falar desde o começo de toda essa história. Victória. Ela era a nova professora de filosofia, na verdade ela havia se formado em psicologia, mas podia dar aulas graças a uma especialização feita a distância, além do que abrir um consultório não é algo fácil hoje em dia. Victória tinha lindos cabelos ruivos e ondulados, lembrando chamas e um kanji significando “amor” quase que imperceptível tatuado na nuca, ela também era dona de um belo par de seios, e usava óculos, o que a deixava com um ar de intelectual reprimida que eu achei estranho de começo, mas logo, achei belo. De começo, nós éramos apenas amigos, sem nenhuma sacanagem, pelo menos da minha parte, saíamos juntos e tudo o mais que colegas que viram amigos fazem, mas, até então, não tínhamos olhares de malícia um para o outro. Ela me contou como tinha um triste fim em todos os seus relacionamentos e que na grande maioria das vezes era por sua própria culpa, por ser muito exigente a maioria das vezes e que estava tentando mudar isso, me identifiquei com ela nesse aspecto, e eu lhe contei toda a minha história, na verdade, praticamente vomitei toda minha história de vida nela, não sei por que mas sempre agi como se a palavra psicólogo e “confidente para todas as horas” fossem sinônimos, ela admirou-se com tudo isto e segundo a própria, foi isso que a fez se interessar por mim de começo, até hoje não entendo.
Um terceiro e último costume humano que me fascina é a capacidade de adaptação em tempos de necessidade. Assim, quando percebi o interesse dela, minha vontade até então oculta e agora incontrolável de fazer sexo despertou um antigo hábito com relação a cabelos e suas cores e também jogou todas as minhas regras para escanteio, tudo pela quase perfeita, linda e ruiva Victória. Essa foi a 3ª vez que me apaixonei pra valer, acho que tive facilidade em relevar o fato de ela ter suas pernas no lugar, afinal, nem só de qualidades as mulheres são feitas e eu precisava de alguém para conversar, não tanto quanto para transar, mas precisava, e assim, nós dois nos envolvemos de um jeito frenético e lindo. Nosso casamento está marcado para daqui duas semanas, eu, esse trapo que você está vendo e a “quase perfeita Victória”, sou um homem de sorte, a lua de mel será na Nova Zelândia, juntei grana e planejei muito tempo essa viagem, nós vamos escalar e talvez até surfar, quero ver coalas também, existem coalas na Nova Zelândia né!? De qualquer jeito, vai ser lindo.
Mas aproveitando que falei de escalar, você sabia que a taxa de amputados em casos de acidente com a subida de rochedos é de quase 15%? Isso é mais do que em ataques de ursos e acidentes com motosserras! Esse tipo de informação praticamente inútil sempre me diverte.
Mas aproveitando que falei de escalar, você sabia que a taxa de amputados em casos de acidente com a subida de rochedos é de quase 15%? Isso é mais do que em ataques de ursos e acidentes com motosserras! Esse tipo de informação praticamente inútil sempre me diverte.
------
Dedicado à Victória, minha futura paixão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário