Naquela época eu era só um estudante do 2º ano colegial. Então conheci essa moça, Jéssica era seu nome, havia sido transferida. Era muito bonita, olhos místicos que mesclavam entre azul e verde, sempre fiquei embasbacado com aqueles olhos e modo como ela os usava. Cabelos pintados de vermelho e quem me conhece sabe que isso sempre foi meu ponto fraco, não posso ver uma guria de cabelo vermelho que fico louco. Ela tinha um atraente e esguio corpo, o qual movimentava de um jeito tão doce e sensual que chegava a ser difícil não ficar hipnotizado pelo seu caminhar. Como ela era nova no colégio, procurava pessoas para fazer amizade, ou mais que isso. Éramos da mesma sala, sentávamos perto um do outro, logo, o contato entre nós dois era inevitável.
O tempo foi passando e estávamos nos conhecendo, eu descobri que ela, assim como eu, tinha um pouquinho de sotaque gaúcho, ela descobriu que eu não gosto de pessoas sem valor pedindo atenção e que achava lindo o seu modo de escrever, colocando a caneta entremeio os dedos anelar e médio, gostava tanto que até adotei a técnica e hoje só escrevo assim. Conversa após conversa, um conhecia mais do outro e surgiu em mim um certo desejo por ela, posso estar enganado, mas acho que ela também tinha apreço por mim.
Um dia estávamos conversando sobre romantismo, não o movimento artístico e sim algo em torno de como ser romântico, como isso era bonito e ao mesmo tempo não tinha mais espaço na nossa época. Falei sobre como gostaria de ter uma moça a quem pudesse dar flores e chocolates e gostar de verdade sabendo que poderia confiar, com uma cara de decepção ela me disse que nenhum homem jamais havia lhe dado flores e que acharia lindo se isso acontecesse. Não sei se ela queria me dar algum sinal com isso, ou apenas estava mostrando um lado mais sensível de si, mas resolvi que iria deixá-la feliz, eu iria ser seu cavalheiro. Fui para casa naquele dia pensando se deveria comprar um lindo buquê de tulipas azuis ou se deveria mandar-lhe um belo cartão e junto dele uma única e formosa rosa vermelha, queria ser o mais original possível. Chegando em casa lembrei que não era de uma família rica e que não tinha um emprego, logo, não teria dinheiro para comprar algo tão cedo, isso era um problema. Vi na floreira de minha mãe, em nosso jardim, uma mini-roseira, ela era tão bela quanto as grandes porém de tamanho reduzido, dando pequeninas rosas de um vermelho vivo, tinham talvez até mais charme que as grandes. Então resolvi dar a ela as pequenas rosas, afinal o que importava era a intenção e para alguém que nunca havia recebido flores, acho que pequenas rosas seriam suficientes para lhe fazer feliz.
Então armei tudo, cortei uma pequena rosa e embrulhei-a em papel filme com uma fita de cetim, falando assim parece tosco, mas minhas habilidades manuais sempre foram maiores do que o normal, consegui fazer um bonito arranjo, por mais impossível que isso pareça. Fui para aula com a flor no bolso da minha calça do uniforme da escola, ia deixá-la em cima de sua carteira e com certeza ela perceberia que aquilo era coisa minha. Quando retirei a rosa do bolso, algumas pétalas haviam caído, resolvi não entregar naquele dia e ter mais cuidado com uma próxima flor que lhe levaria no dia seguinte, guardei novamente aquela no bolso e fingi para ela que não tinha planejado nada depois de nossa conversa.
Dia seguinte, dessa vez não tinha como dar errado, afinal era só entregar uma flor. Peguei mais uma rosa, desta vez nem me preocupei com arranjos ou fitas, levei-a para o colégio e desta vez em minhas mãos. Deixei-a em cima de sua mesa e fui até o corredor para tomar água, encontrei-me com ela no caminho e senti que havia algo errado, ela estava muito mal-humorada, achei que algo poderia ter acontecido e ela estar brava comigo, preferi não arriscar, voltei rápido para sala tirei a flor de sua mesa, coloquei-a rapidamente no bolso, a fazer companhia para a que tinha deixado lá no dia anterior (na época eu tinha apenas uma calça do uniforme, elas eram caras, então usava-a a semana toda.) e nesse dia mal nos falamos. Dia após dia eu arrancava uma flor da pequenina roseira e, com o objetivo de conquistar aquela jovem, levava-a para a escola, incrivelmente, por algum motivo, nunca consegui “terminar o serviço” e entregar a rosa para a adorável Jéssica, num dia ela não foi para a aula, no outro eu achava que ela não me via como alguém a se relacionar e ficaria irritada com o presente (acho que isso foi insegurança demais da minha parte, mas o que eu podia fazer, era apenas um garoto do 2º ano colegial) e assim foi. Alguns dias passaram e acabaram-se as flores da pequena roseira, entendi a situação, não estava faltando o momento perfeito, faltava um homem. Desisti de conquistar aquela moça e no fim daquilo tudo, restaram apenas uma roseira sem flores e várias rosas secas em meu bolso.
O tempo foi passando e estávamos nos conhecendo, eu descobri que ela, assim como eu, tinha um pouquinho de sotaque gaúcho, ela descobriu que eu não gosto de pessoas sem valor pedindo atenção e que achava lindo o seu modo de escrever, colocando a caneta entremeio os dedos anelar e médio, gostava tanto que até adotei a técnica e hoje só escrevo assim. Conversa após conversa, um conhecia mais do outro e surgiu em mim um certo desejo por ela, posso estar enganado, mas acho que ela também tinha apreço por mim.
Um dia estávamos conversando sobre romantismo, não o movimento artístico e sim algo em torno de como ser romântico, como isso era bonito e ao mesmo tempo não tinha mais espaço na nossa época. Falei sobre como gostaria de ter uma moça a quem pudesse dar flores e chocolates e gostar de verdade sabendo que poderia confiar, com uma cara de decepção ela me disse que nenhum homem jamais havia lhe dado flores e que acharia lindo se isso acontecesse. Não sei se ela queria me dar algum sinal com isso, ou apenas estava mostrando um lado mais sensível de si, mas resolvi que iria deixá-la feliz, eu iria ser seu cavalheiro. Fui para casa naquele dia pensando se deveria comprar um lindo buquê de tulipas azuis ou se deveria mandar-lhe um belo cartão e junto dele uma única e formosa rosa vermelha, queria ser o mais original possível. Chegando em casa lembrei que não era de uma família rica e que não tinha um emprego, logo, não teria dinheiro para comprar algo tão cedo, isso era um problema. Vi na floreira de minha mãe, em nosso jardim, uma mini-roseira, ela era tão bela quanto as grandes porém de tamanho reduzido, dando pequeninas rosas de um vermelho vivo, tinham talvez até mais charme que as grandes. Então resolvi dar a ela as pequenas rosas, afinal o que importava era a intenção e para alguém que nunca havia recebido flores, acho que pequenas rosas seriam suficientes para lhe fazer feliz.
Então armei tudo, cortei uma pequena rosa e embrulhei-a em papel filme com uma fita de cetim, falando assim parece tosco, mas minhas habilidades manuais sempre foram maiores do que o normal, consegui fazer um bonito arranjo, por mais impossível que isso pareça. Fui para aula com a flor no bolso da minha calça do uniforme da escola, ia deixá-la em cima de sua carteira e com certeza ela perceberia que aquilo era coisa minha. Quando retirei a rosa do bolso, algumas pétalas haviam caído, resolvi não entregar naquele dia e ter mais cuidado com uma próxima flor que lhe levaria no dia seguinte, guardei novamente aquela no bolso e fingi para ela que não tinha planejado nada depois de nossa conversa.
Dia seguinte, dessa vez não tinha como dar errado, afinal era só entregar uma flor. Peguei mais uma rosa, desta vez nem me preocupei com arranjos ou fitas, levei-a para o colégio e desta vez em minhas mãos. Deixei-a em cima de sua mesa e fui até o corredor para tomar água, encontrei-me com ela no caminho e senti que havia algo errado, ela estava muito mal-humorada, achei que algo poderia ter acontecido e ela estar brava comigo, preferi não arriscar, voltei rápido para sala tirei a flor de sua mesa, coloquei-a rapidamente no bolso, a fazer companhia para a que tinha deixado lá no dia anterior (na época eu tinha apenas uma calça do uniforme, elas eram caras, então usava-a a semana toda.) e nesse dia mal nos falamos. Dia após dia eu arrancava uma flor da pequenina roseira e, com o objetivo de conquistar aquela jovem, levava-a para a escola, incrivelmente, por algum motivo, nunca consegui “terminar o serviço” e entregar a rosa para a adorável Jéssica, num dia ela não foi para a aula, no outro eu achava que ela não me via como alguém a se relacionar e ficaria irritada com o presente (acho que isso foi insegurança demais da minha parte, mas o que eu podia fazer, era apenas um garoto do 2º ano colegial) e assim foi. Alguns dias passaram e acabaram-se as flores da pequena roseira, entendi a situação, não estava faltando o momento perfeito, faltava um homem. Desisti de conquistar aquela moça e no fim daquilo tudo, restaram apenas uma roseira sem flores e várias rosas secas em meu bolso.
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